Em tempos de crise econômica, fazer a compra de um imóvel à vista para a maioria de nós brasileiros, não é uma realidade tão próxima. Deixar de pagar aluguel e ser dono de seu próprio lar é o desejo de muitos. Ainda que o sonho da casa própria pareça distante, o financiamento imobiliário pode ser a via mais recomendável para que você possa adquirir seu imóvel de uma maneira mais rápida. Para cada tipo de aquisição há um financiamento: Programas do governo, Bancos, e construtoras. As variedades de adquirir seu imóvel são muitas. Conheça suas diferenças, prós e contras:
Como opera o financiamento de imóvel?
O financiamento de imóvel não é um assunto complexo e por muitas vezes funciona como os demais financiamentos. No momento em que o financiamento é aprovado, a instituição financeira realiza ao proprietário do imóvel o pagamento do valor combinado, o que pode ser o valor total ou somente uma parte. Por essa razão o financiamento de imóvel é uma excelente solução para quem não possui o capital suficiente para fazer a compra de um imóvel à vista.
Desde então, a pessoa deverá pagar parcelas ao banco por um determinado período para quitar o crédito cedido. Entretanto, o cidadão se torna legalmente o dono do imóvel, podendo, caso seja de seu interesse, já usá-lo. A única limitação existente é que enquanto a quitação do imóvel não tenha sido feita está proibida a sua negociação com terceiros.
Foco no planejamento
Adquirir um imóvel é um processo que demanda tempo e planejamento. Antes de tudo, procure um imóvel que esteja de acordo com a sua renda e seu gosto. Existem várias opções que variam entre um imóvel novo, usado ou os que ainda estão na planta.
Use a internet para encontrar as diferentes possibilidades de compra, você encontrará variados tipos de serviço e diferentes taxas de juros. As taxas de juros, as condições de financiamento e os prazos de pagamento são diferentes em cada instituição financeira e as linhas de crédito vão variar conforme o valor do imóvel, o número de prestações e o valor da entrada.
Minha Casa Minha Vida
O programa minha casa minha vida é uma iniciativa do Governo Federal que oferece condições para o financiamento de moradias nas áreas urbanas para famílias de baixa renda. Em parceria com estados, municípios, empresas e entidades. Para aceder ao programa o requerente terá de estar ciente de alguns pré-requisitos:
Caixa Econômica Federal
Aos que não se enquadram no programa Minha casa Minha vida, a Caixa Oferece a linha de financiamento imobiliário mais barato. Em 2018 ela retomou o financiamento habitacional pró-cotista que tinha sido suspenso em julho do ano passado. A modalidade oferece juros entre 7,85% para os clientes com débito em conta ou conta salário e 8,75% ao ano. E é a menor para os trabalhadores que não se enquadram no programa federal Minha casa Minha vida. O programa está apto aos trabalhadores que possam comprovar o período mínimo de 36 meses trabalhando sobre o regime do fundo de garantia do tempo de serviço conhecido como FGTS ou o requerente deve ter um saldo em conta vinculada de pelo menos 10% do valor do bem a ser financiado.
Além disso, não é permitido ser proprietário de imóvel na cidade ou região metropolitana onde mora ou trabalha e também não podem possuir financiamento no sistema financeiro de habitação em qualquer outra parte do país. Em 2018 o valor disponibilizado foi de 4 bilhões de reais emprestados na categoria. O crédito pode ser pago em até 30 anos o teto é de R$ 950 mil para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal e de R$ 800 mil para os demais estados.
Consórcio
Aos que desejam adquirir a casa própria no ano de 2019 e não tem o dinheiro suficiente para dar uma entrada, uma outra alternativa para o seu financiamento é o consórcio. No consórcio o custo é menor comparado ao financiamento. Ele conta com uma taxa fixa sobre o valor total da compra que vai girar entre 25 a 30% dependendo da seguradora. A vantagem é que o número de parcelas não vai interferir no valor sobre a taxa fixa.
A desvantagem do consórcio é que você não sabe quando será contemplado. Esse é o grande problema. Você pode começar a pagar agora e se simplesmente pagar em dia não ofertar nenhum lance, você deverá esperar ser contemplado correndo o risco de ser sorteado próximo do final do plano.
Financiamento para construção
Caso você já possua um terreno, você poderá aceder às linhas de financiamento para reforma e construção. O custo desse tipo de financiamento é um pouquinho mais alto que o custo do financiamento da casa pronta, vão ser exigidas algumas regras burocráticas. Você terá que apresentar um projeto desse imóvel, o banco vai exigir que haja um acompanhamento dessa obra, a instituição financeira não vai liberar todo o dinheiro na sua mão. Mesmo sendo pouquinho mais burocrático vale a pena. Porque possuir o terreno e construir uma casa, acaba saindo em termos de custo muito mais barato que comprar uma casa pronta.
Financiar um imóvel com crédito pessoal
Segundo os especialistas ao fazer o planejamento para a compra de um imóvel, o ideal é dar uma entrada de no mínimo 30% do valor total e financiar o restante. Desta maneira o requerente tem maiores chances de saldar a dívida sem se endividar. As exigências pedidas pelas agências financeiras são simples: Ser maior de idade, não estar com o nome sujo e comprovar que o empréstimo não comprometerá mais do que 30% de sua renda mensal. Caso você não possua o valor necessário para dar uma entrada no imóvel desejado, uma possibilidade para isso é pesquisar na internet alternativas de créditos pessoais, assim você saberá se sua renda é compatível com o valor pedido e não estará comprometendo todo seu salário até a quitação do imóvel.
Financiamento direto com a construtora
Essa opção de financiamento é indicada aos que pretendem adquirir um Imóvel que supere o valor de R$ 500 mil e almejam pagar as prestações em pouco tempo. O benefício dessa escolha é que o requerente poderá dar uma entrada na compra do imóvel que é menor do que exigida pelos bancos e caso aconteça algum imprevisto financeiro, existe uma maior facilidade de negociação do financiamento, chegando a ao um acordo entre as partes, caso aconteça o impedimento de cumprir com o negócio.
O problema dessa escolha está na cobrança dos juros, de 12% ao ano mais o IGPM (Índice Geral de Preços- Mercado), após receber as chaves, levando a um aumento considerável do preço final.
Tabela PRICE X Tabela SAC
No momento em que você vai realizar um financiamento de imóvel estes dois termos serão muito comuns. Em termos matemáticos as duas tabelas são absolutamente idênticas. O que vai diferenciar uma da outra é a sua conjuntura financeira, é o seu desejo de pagar mais ou menos juros, é a sua capacidade de pagar mais no início do financiamento ou de pagar igualmente ao longo do tempo. Então o que vai definir a melhor opção para você, é a sua capacidade financeira, porque o modelo matemático é equivalente.
Na tabela SAC a prestação começa mais alta e diminui ao longo do tempo. Ao entrar em um financiamento longo, muitas pessoas preferem se comprometer mais no início do negócio e assumir um prestação de maior valor no começo do financiamento e ir diminuindo o valor das prestações no final.
Na tabela PRICE as prestações são constantes ao longo do tempo. O requerente que opta pela PRICE tem confiança de que vai honrar as prestações iguais durante todo o período.
Fonte: BLOG LOPES